Os estudos científicos têm sido genericamente consistentes em demonstrar que a prática de alongamentos estáticos induz uma imediata redução do desempenho em tarefas que contemplem a expressão da potência (ex: salto vertical), força máxima e/ou força reactiva (CMAE), mas também da capacidades coordenativas. Este aspecto parece ser independente dos níveis de flexibilidade dos praticantes. Contudo, algumas tarefas físicas parecem não ser afectadas pela aplicação do alongamento estático, como a economia da corrida. Os mecanismos fisiológicos que causam a alteração do desempenho parecem ser tanto estruturais (pela diminuição da rigidez passiva dos componentes das unidades musculotendinosas), como neurais.
É, no entanto, importante realçar que estes efeitos são temporários e que tendem a variar em função de vários factores, como por exemplo a dinâmica da carga de alongamento (duração do alongamento). Alguns estudos têm demonstrado que, após 10 a 20 minutos, a aplicação de um conjunto de repetições de alongamentos estáticos que normalmente é usado no âmbito de intervenção desportiva (menos 3-5 repetições de alongamentos, com duração total inferior a 150 segundos), o nível de desempenho físico afectado retoma à condição de pré-alongamento. Ou seja, 20 minutos após o alongamento estático não se faz notar o efeito negativo induzido pelo alongamento na expressão da força. Por outro lado, quando aplicados alongamentos estáticos com dinâmicas da carga acima da prática clínica, os efeitos nefastos no desempenho pode observar-se até 60 minutos após a aplicação dos alongamentos.
Como mencionado anteriormente, o efeito negativo do alongamento sobre o desempenho físico